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Quero tudo o que eu não preciso

Exposição coletiva "Quero tudo o que eu não preciso" no Palácio das Artes

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As artistas Angelina Camelo Bagetti, Fernanda Gomes e Natascha Otoya apresentam a exposição coletiva Quero tudo o que eu não preciso, selecionada pelo Edital Artes Visuais 2007. Abertura: 28 de agosto de 2007. As obras ficam expostas do dia 29 de agosto até o dia 16 de setembro de 2007, no Palácio das Artes, Espaço Mari'Stella Tristão. A entrada é franca. Lançamento do catálogo e bate-papo com os artistas: 12 de setembro de 2007, 19hs.

Quero tudo o que eu não preciso, quero, tudo, que, eu, não, preciso, biscoito, biscoito globo, mate, praia, areia, mar, copacabana, ipanema, rio de janeiro, camarão, picolé, protetor solar, bijuteria, algodão doce, brinquedos, baldinho, inflavel, óculos escuro, amendoin, canga, bebidas, dinheiro, consumo, oferta, comércio.

A proposta com essa exposição é mostrar de forma crítica, bem humorada e quase caricata a relação das pessoas com o dinheiro e com esse ilimitado montante de coisas que se apresentam para o consumo a todo momento. Um paralelo entre o querer e o precisar, o realmente necessário e o supérfluo.

O vídeo, as fotografias e os objetos que serão expostos, foram obtidos em situações de compra, que explicitam este consumo sem reflexão, sem razão e sem utilidade. Estas situações de compra foram realizadas em lugares que a priori se apresentam como locais de descanso, repouso e reflexão: praias, praças, parques, bares etc.

Exposição Quero tudo o que eu não preciso (vídeo, fotografia, instalação)
Artistas: Angelina Camelo Bagetti, Fernanda Gomes e Natasha Otoya
Abertura: 28 de agosto
Data: 29 de agosto à 16 de setembro de 2007
Lançamento do catálogo e bate papo com os artistas: 12 de setembro de 2007 (terça-feira), 19hs.
Horários: Terça-feira a sábado, 9h30 às 21h, e domingo, 16h às 21h.
Local: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro - Belo Horizonte - MG - Brasil - Palácio das Artes - Espaço Mari'Stella Tristão
Entrada Franca
Informações: (31) 3237-7399

"Quero tudo o que eu não preciso" traduz mais do que um consumismo irrefletido geralmente praticado quando estamos em situações de lazer.

Este vai e vem de vendedores, que interrompem nossas conversas, ou nossos momentos de relaxamento, faz parte de um verdadeiro mar de pessoas que estão à margem do mercado de trabalho.

Nossa proposta foi simplesmente não dizer "não" a essas pessoas. Aceitar e comprar tudo o que nos foi oferecido, enquanto frequentávamos as praias de Copacabana e Ipanema no Rio de Janeiro, Praia da Barra em Salvador e algumas "praias" de Belo Horizonte: o bar Baiana do Acarajé na Savassi e bares do Edifício Maletta.

A exposição é o resultado deste acúmulo de coisas e das captações espontâneas dessas experiências. Um registro dos rastros deixados por essa onda de comércio informal que sempre nos invade quando estamos mais distraídos.

O cenário "kitsch" que foi criado, com todas as suas cores e formas, é o cenário de um diálogo que surgiu porque não viramos a cara, não olhamos para outra direção. Nós olhamos para os vendedores, correspondemos e escolhemos. Ao deslocarmos nossas escolhas para o ambiente da galeria, também nos tornamos vendedores. Vendedores de uma proposta artística. Agora cabe a você aceitá-la.

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